sexta-feira, 17 de junho de 2011

Giros e giros...

1 giro, 2 giros, 3 giros... 40 giros e tudo continua no mesmo lugar. Você gira milhares de vezes na esperança de que quando caia tudo esteja diferente, mas encontra tudo onde deixou. Já não tem aquele frio na barriga e nem aquela tontura de sempre, as coisas já não giram mais ao seu lado, tudo permanece sempre no mesmo lugar. Gira mais uma vez e quando cai já não sente mais dor, se anestesiou de todos os tombos que levou da vida, isso já não dói em você. Começa a andar na esperança de uma mínima mudança, talvez a mais esperada, mas quando você passa, vê que o fantasma da presença dele continua alí, se recusando a partir mais uma vez. As lágrimas querem sair, mas o orgulho é grande demais pra permitir, você engole o nó da garganta e segue pela casa. Aquele velho violão continua encostado no sofá e talvez só a música espantasse todo esse sentimento ruim, você toca a primeira nota, mas ela soa como um grito em seus ouvidos. O violão desafina desde que ele se foi, mas deixou uma parte por aqui. Aquela velha mania de nunca ir embora por completo, com medo de que você coloque alguém no lugar. Ele nunca vai embora, mas você se vai aos poucos, pena que não seja pra um lugar que tenha volta.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Despedida.

Eu decidi, vou embora daqui. Peguei tudo que era meu, os sentimentos, os abraços, os momentos, e coloquei dentro de uma bolsa bem grande, para que nada caísse no caminho. Abri as janelas para que o vento levasse o cheiro do meu perfume embora e trouxesse um cheiro limpo, pronto para as futuras habitantes. Eu sei que você deve estar pensando agora sobre a minha mania de achar que na primeira oportunidade você vai me substituir, mas é que é o certo a se fazer agora, recomeço pra nós dois. Ah querido, eu também me lamento tanto por nossas estradas não serem mais a mesma, mas é que escolhemos caminhos diferentes e eu não vejo nossas estradas se cortando em um futuro próximo. Quem sabe daqui alguns anos apareça um novo desvio que me leve a você? Não, eu não me esqueci das nossas promessas, eu ainda me lembro de que nós falamos que íamos nos casar, isso não é uma despedida eterna, é só um tempo no nosso caminho. Ah meu amor, não me olhe da janela assim porque também dói em mim ir embora e assim você só dificulta as coisas pra mim. Eu sei que você não quer que eu vá, eu também não quero ir, mas nós precisamos crescer. Prometo que um dia eu volto, nem que seja pro seu casamento ou pra conhecer seus filhos, mas eu espero que você me espere, porque nós prometemos que vamos nos casar.

domingo, 15 de agosto de 2010

Carta de uma volta

O que dizer pra pessoa que me conhece melhor que ninguém, que sabe tudo sobre mim, dos meus sonhos, meus medos? Como tentar recuperar o tempo perdido com o melhor amigo do mundo, sabendo que perdi todo esse tempo por uma briga causada por pessoas inconseqüentes e invejosas? Com você eu posso ser sincera, porque você nunca me julgou, nunca me condenou por quem eu sou. Estou aqui com o coração na mão e lagrimas na face, tentando reparar todo esse dano que foi causado, tentando recuperar todo esse tempo perdido. Desculpe-me, meu anjo, por eu ter acreditado na palavra dita pela boca dos invejosos e ter duvidado de você? Desculpe-me por minha ignorância, pelo que eu falei, por esse tempo que te ignorei? Sei que mesmo que eu diga todas as palavras possíveis, a ferida não irá se curar fácil assim, sei que as lembranças do que eu falei sempre vão existir e vão doer, pois dói em mim também, sei que você pode nunca me perdoar. Mas isso dói, como dói, pensar em uma vida sem você, sem seu sorriso bobo, sem teu abraço quente e das palavras doces. Você sempre tão bom pra mim, tão certo pra mim e eu tão errada pra você, te magoando, te condenando por algo que você nunca seria capaz de fazer. Ah meu anjo, já não há mais lagrimas a serem choradas, mas ainda sinto minha face molhada, não há mais forças, mas eu preciso continuar a escrever. O que eu fiz? Meu Deus, como fui capaz de fazer isso? Acabar com o que mais me faz bem, magoar o anjo mais belo do céu. Eu preciso dos teus braços nos meus, do teu sorriso, da tua compreensão. Perdoe-me pelo meu erro, deixe-me cuidar da ferida que lhe causei, não posso fazer-la sumir, mas te prometo não deixar-la lhe fazer sofrer. Por favor, meu anjo, eu preciso do meu amigo, do meu irmão e já não sei mais o que fazer sem você. Apesar de tudo, nunca se esqueça de o quanto eu te amo e de que você vai ser pra sempre meu anjo.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Senhor Amor


Eu não entendo o porquê de toda vez que vou escrever algo, me pegar escrevendo sobre você. Tantas pessoas, tantas coisas mereciam palavras minha, mas sempre é pra você que eu escrevo, sempre é sobre coisas que acabaram ou nem começaram. Dizem que você é o sentimento mais nobre, o mais belo, o melhor, mas tudo que sei sobre você é que, na maioria das vezes, você magoa as pessoas, provoca as lagrimas e o desespero. Então, por favor, senhor Amor, me explique qual sua função, o porquê você veio ao mundo e porque faz tanta gente sofrer, me diga se pra ter você é necessário algo, se é preciso pagar ou não. Na verdade, eu acho que sei o preço pra ter você... doar sua própria vida em troca da pessoa amada, mas eu não sei se é um preço que todos podem pagar, afinal existem pessoas que não abrem mão de sua vida, mesmo que você proporcione o melhor modo de se viver.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Inicio ou fim

Hoje eu me lembrei de você, lembrei daquele teu sorriso quando me viu indo te encontrar ou depois daquele pedido de desculpas. Lembrei daquele abraço forte que você me dava pra matar as saudades, de quando eu acordava de madrugada com mensagens suas que me faziam sorrir involuntariamente, do teu perfume, da tua voz. Percebi como eu era feliz somente por saber que quando eu precisasse você estaria do outro lado da linha, rindo das minhas obsessões, me repreendendo por acreditar nas tuas palavras. Agora teus sorrisos não são direcionados a mim, teu perfume já não me agrada tanto mais, mas eu ainda sinto falta disso. Talvez de um modo diferente, porque agora você já não é dono do meu coração e suas palavras não me fazem suspirar, mas eu sinto falta do meu amigo, sinto falta da minha naturalidade perto de você. Nunca existiu o nós, era somente eu, mais uma garota que amava você, ou talvez nunca existiu amor, existiu confusão de sentimentos e só. Independente de qual tenha sido o começo, ou de qual seja o final, sempre lembre que estarei do outro lado da linha, sorrindo e desejado o melhor pra você. Meu pequeno maior que eu, minha nostalgia, meu irmão.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Grandiosidade

Já havia passado tanto tempo, tanta coisa já havia mudado e ela acreditava que aquele sentimento já não significava nada, que estava morto pra ela, que ele nunca voltaria. Na verdade ela queria acreditar nisso, porque ela sabia que apesar de tudo não era verdade. Sabia que era somente um sentimento hibernando dentro dela e que ao menor sinal de fraqueza ele acordaria grandioso como sempre. Ela sabia que um dia isso aconteceria, mas não esperava que fosse tão rápido assim. Era mais um dia qualquer, milhares de janelinhas piscando, mas um novo velho nome chegou para ofuscar os outros brilhos. Ele estava novamente ali, falando as coisas lindas que sabia que a faria suspirar, ele sabia como sempre que ela era sua, somente sua, sabia de todo aquele amor. E ela sabia que continuar a ler todas aquelas coisas lhe custariam seu coração, mas a felicidade momentânea a consumia, a prendia ali, ela tinha medo do que poderia acontecer depois que ele partisse mais uma vez, mas acima de tudo ela o amava e isso era o bastante pra lhe manter ali e arriscar seu coração.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Joguinho imoral

E qual é o sentido de toda essa mentira? Olhar nos meus olhos mais uma vez e perceber que eu, tola como sempre, caio no teu joguinho? Se for essa a tua intenção, você venceu, foi o campeão desse joguinho medíocre mais uma vez, ganhou o prazer de ver o sofrimento no meu olhar, de ver as lágrimas correndo sob minha face. Mas ao mesmo tempo você perdeu, porque pensou que eu não sabia de nada, que eu era inocente o bastante pra ter todas as provas dos seus atos na minha frente e não perceber, eu percebi, eu sabia do teu jogo o tempo todo, mas eu queria ver onde você iria chegar desta vez. Esse foi o motivo das minhas lágrimas, ver que você já não é meu pequenino, ver que você foi capaz de arrancar meu coração por mera diversão. Não, eu não tentei vencer esse jogo, porque pra mim isso nunca foi um jogo, eu prezo os meus valores, os meus amores e nunca seria capaz de magoar alguém só pra ter o gosto de dizer que venci, venci algo vulgar e sem mérito moral.